Não é 42.
segunda-feira, 19 de novembro de 2012 // Postado por Renoth
E aqui vamos nós para um post aleatorio e sem nenhum tipo de sentido. É claro que você, leitor avido (e inexistente) do meu blog já está acostumado com minhas longas crises existencias sem nenhum pingo de sentido que eu coloco aqui de tempos em tempos, mas o mais engraçado é que essa não é uma delas, o que só vem a deixar esse ainda mais sem sentido que o de costume. Vamos lá?
Eu me pego escrevendo sobre qualquer coisas nesses dias longos de tedio. Sobre a vida, a morte, o universo e tudo mais. Sobre sonhos estranhos em que retorno com coisas que jurei enterrar ou mato coisas que jurei continuar, sobre meus tão amados personagens que parecem cada vez mais saber sobre mim. Sobre o fim do mundo, e de como seria divertido ver todos se desesperando se de fato ele chegasse.
Ah, como eu gostaria que minha fosse só uma peça de teatro ruim... Eu bateria palmas, por pura obrigação, no final e iria embora pra casa. Voltaria depois, pra ver uma peça com um elenco melhor e mais bem produzida. Teria bons tempos rindo do fiasco que seria a comparação de uma coisa e outra. Talvez o titulo fosse "O garoto que não sabia o que fazer da vida". É um bom titulo. Pessoas se identificariam com ele.
Tenho 19 anos. São quase duas decadas, embora não pareça muito tempo. Ainda não fiz nada relevante aos interesses de ninguém. Pessimo programador, escritor de segunda ou terceira mão, desenhista de merda, ator mediocre e bem... Vocês não querem uma lista, querem? Listas são intediantes.
A faculdade está parada (e está bem longe de ser a primeira vez) por um tempo, as materias são um verdadeiro pé no saco, vou reprovar na porra toda e bem... Não achei que fazer jogos digitais fosse ser algo tão produnda e verdadeiramente chato. Nem que eu não tivesse capacidade pra programar um calculadora de segunda mão.... Quero sair dela. Quero sair de tudo. Tomar a saida dos covardes de uma vez por todas.
Os contos estão pela hora da morte. Literamente, já que eu não consigo terminar nenhum deles.
E os amigos... Bem, devo ter dois ou três na faculdade e uns outros dois ou três fora dela. A presença da maioria das pessoas me incomoda profundamente, e estou muito perto de mandar uma ou duas duzias de pessoas enfiarem objetos pontiagudos e afiados em seus orificios anais. Simpatico como sempre, eu sei.
Mas eu jurei que isso não era uma crise. Não é. É só um pensamento (que parece uma crise, tem cheiro de crise, faz chorar como uma crise, mas não é uma crise) sobre tudo que eu citei acima. Todas as alternativas marcadas com um X bem forte em um tom de caneta vermelha. Como um erro que não sei ainda se cometi ou não, mas que já está valendo pontos em questões que ainda não existem.
Ando pensando no significado da vida. Por vezes chego a conclusão de que ela não significa nada. Se tudo tem um significado, uma origem e um fim que acabam e começam no mesmo lugar, definitivamente a resposta não é 42. Eu não sei qual é, nem se é um numero, mas 42 com toda a certeza não é. Talvez 13 + 16x - 2x². Tá ai uma resposta que faz sentido. Talvez só faça sentido pela sua completa e absoluta falta de sentido, mas é, faz todo.
O que tem do outro lado da vida? Me pergunto nas tardes sem nada pra fazer. Acho complicado que essa pergunta esteja na minha mão. Raramente lembro do que almocei ontem. Não sei quantas grades existem na minha própria janela. Ainda me cubro com um edredon do Bob esponja, que combina com todo o jogo de cama... Porra, existem pensadores nessa porra de mundo! Por que raios as questões tem que se perder justamente na minha cabeça? Eu nunca consegui responder uma que fosse satisfatoriamente. É como nos meus contos, quando nada faz sentido a culpa é das fadas. As fadas tem o dom de fuder com tudo.
Mas vamos lá... Espera... Já estamos lá. E já é hora de ir pra casa.
2 Comentários