
Não, não faz sentido. mas segundo a Emily faz *aponta*
sexta-feira, 17 de junho de 2011 // Postado por Renoth
Já faz tempo que não tenho esse tipo de reação forte onde tenho que morder meus lábios com força pra não chorar, mas não tenho nada contra ela, ela me prova constantemente que estou vivo, que ainda tenho sentimentos por mais que odeie os ter e o mais importante: me prova que ainda sou só um enorme e grande idiota.
A verdade é que fiquei tanto tempo sem saber se eu gostava ou não das coisas que aprendi a catalogá-las mecanicamente em modo aleatório. Pensei gostei, pensei detestei, pensei amei, pensei odiei, apenas como uma maquina que escolhe o destino final de um produto em uma multinacional, sem pensar em como essa seleção automática vai atingir as outras pessoas que moram nos países que irão receber esses produtos.
Sim, tenho varias lembranças ruins, mas não fico encarando elas. Gosto de pensar que cada uma delas está dentro de um pequeno globo de neve, em alguma prateleira invisível e assustadoramente grande em meu quarto. Assim: guardadas, seguras.
E agora aqui estou eu, escrevendo cada uma das lagrimas que não escorreram, colocando no papel todos os estranhos sentimentos que não sei expressar. Não se apresse em sair agora, oh lagrima destemida, você será a próxima a passar pro papel.
Eu tenho momentos muito parecidos, crises que eu simplesmente prefiro prender em um globo de neve translucido. Você me ajudaria a quebrá-los? chutaria com força a prateleira? me salvaria da enchente de sentimentos caídos?
Contos de fadas nunca fizeram sentido pra mim, mas por algum motivo sempre imaginei que eu faria parte de um deles. Sempre acreditei que um dia viria alguém especial, que eu ia amar mais do que já amei qualquer outra pessoa. Sempre sonhei que essa pessoa me salvaria, e me levaria pra bem longe. Jamais brigaríamos, jamais discutiríamos e a mera menção da palavra “separar” seria dolorosa. Sim, odiaríamos essa palavra com todas as nossas forças e faríamos tudo pra ficarmos cada vez mais juntos e ligados. Um dia essa pessoa especial acordaria e me veria do seu lado na cama e essa visão o faria perceber algo diferente em mim, daria pra ver todos os meus defeitos refletidos em minhas costas cobertas. Essa pessoa iria embora, assim que terminasse de me olhar, indiferente ao fato de eu ainda estar dormindo e não poder impedir. Eu acordaria, veria que não existia mais ninguém no quarto, mais ninguém na sala, mais ninguém na cozinha e voltaria pra minha cama.
Choraria e esperaria por sua volta por dias, ainda incapaz de levantar da cama. Não comeria, não dormiria, não mandaria mais meu coração bater, meu pulmão respirar, e talvez tentasse me matar sem nenhum sucesso. Depois levantaria, ficaria com raiva de tudo que fosse feliz, que me lembrasse essa pessoa tão especial que eu tinha amado tanto. Sairia pela porta, com uma pequena mala, deixando em cima da mesa um pequeno cartão onde estaria escrito: “Desculpe por não ser perfeito como você merecia. Ainda te amo.”.
Talvez minha estória fosse transformada em um filme. Nele os créditos subiriam um dia antes da pessoa especial ir embora, talvez mostrando um enorme sorriso em meu rosto, que pareceria aguentar qualquer tormento.0 Comentários

janeiro 2010
fevereiro 2010
março 2010
abril 2010
maio 2010
junho 2010
julho 2010
agosto 2010
setembro 2010
outubro 2010
novembro 2010
dezembro 2010
janeiro 2011
fevereiro 2011
março 2011
abril 2011
maio 2011
junho 2011
julho 2011
agosto 2011
setembro 2011
outubro 2011
novembro 2011
janeiro 2012
fevereiro 2012
março 2012
abril 2012
agosto 2012
outubro 2012
novembro 2012
dezembro 2012
janeiro 2013
abril 2013
junho 2014

Postar um comentário